ePrivacy and GPDR Cookie Consent management by TermsFeed Privacy Policy and Consent Generator A hora do Lobo - Christiane Jatahy

A hora do Lobo

2021

A hora do lobo – um debate com o filme Dogville de Lars von Trier, conta a história de Graça que foge do Brasil em 2021, no momento em que o fascismo cresce sob o governo de extrema-direita. Ela busca um novo lugar. Uma nova possibilidade de vida. Um movimento de mudança.

Ela está em um teatro, no palco os personagens do filme Dogville retomam a história do filme, a sua própria história, com o desejo de mudá-la, de não repetir os erros do passado. Eles propõem uma experiência, refazer o filme e provarem que são capazes de aceitar “o outro”, o “estrangeiro”. Graça aceita participar da experiência. 

Mas a vida no palco, onde teatro e cinema se misturam, se transformam em um laboratório humano implacável. Os personagens dessa história, pouco a pouco, vão repetindo os mesmos impulsos covardes do passado. E o filme que está sendo feito ao vivo, como parte da experiência, começa a ser invadido pelos fantasmas do passado. 

Na cena e no filme, tudo é visível: os atores filmando e sendo filmados, as relações entre eles, a música ao vivo, a montagem do filme, a discussão sobre o roteiro. E a possibilidade, mesmo que utópica, de mudar, de não repetir o mesmo ciclo eternamente.

A hora do lobo é a primera parte da Trilogia do Horror.

Nos últimos anos, o Brasil começou um flerte com um regime da extrema direita, pondo em risco a democracia e os direitos humanos. Diante da urgência da situação em sua terra natal, ficou claro para Christiane Jatahy que a sua arte – resultado de uma contínua exploração das fronteiras entre cinema e teatro, entre ficção e realidade, entre inércia e necessidade de mudança – seria uma arma nas lutas que precisariam ser travadas.
Três episódios formam esta Trilogia do Horror, que foi criada com o objetivo de dissecar as estruturas endêmicas que possibilitaram a ascensão do governo Bolsonaro ; criada em três línguas diferentes e em três contextos muito distintos, ela abre uma série de janelas sobre o apagão que afetou uma nação e ameaça fazer o mesmo em tantas outras. O risco do fascismo cresce mundialmente, e olhar de frente para isso, é uma maneira de tentar de alguma forma, evitar que essa terrível onda continue crescendo.

A hora do lobo  foi criado na Comédie the Genève com um elenco misto suíço-francês-brasileiro, num diálogo com o Dogville de Lars Von Trier. 

A estréia foi no Festival de Avignon 2021 e segue desde então em uma extensa turnê

Baseado no filme Dogville de Lars von Trier
Adaptação, encenação e direção do filme Christiane Jatahy
Colaboração artística, cenografia e luzes Thomas Walgrave
Direção de fotografia e montagem ao vivo Paulo Camacho
Música Vitor Araujo
Figurinos Anna Van Brée
Sistema de vídeo Julio Parente e Charlélie Chauvel
Assistente de direção Stella Rabello

Direção de produção Henrique Mariano
Construção do cenário Ateliers de la Comédie de Genève

Com Véronique Alain, Julia Bernat, Élodie Bordas, Paulo Camacho, Azelyne Cartigny, Philippe Duclos,  Vincent Fontannaz, Viviane Pavillon, Matthieu Sampeur, Valerio Scamuffa

Com a participação de Harry Blättler Bordas
Agradecimentos Martine Bornoz, Adèle Lista, Arthur Lista

Produção Comédie de Genève
Co -produção Odéon-Théâtre de l’Europe – Paris, Piccolo Teatro di Milano-Teatro d’Europa, National Theatre of Brittany – Rennes, Maillon Théâtre de Strasbourg – palco europeu

Lars Von Trier é representado na Europa francófona por Marie Cécile Renauld, MCR Agence Littéraire em acordo com Nordiska ApS.

Christiane Jatahy é artista associada do Odéon-Théâtre de l’Europe, do Centquatre-Paris, do Schauspielhaus Zürich, do Arts Emerson Boston e do Piccolo Teatro di Milano. A empresa Axis é apoiada pela Direção Regional de Assuntos Culturais de Île-de-France , Ministério da Cultura da França. 

Duração 1h50
Espetáculo em francês e português

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Galeria

Datas passadas

Imprensa

 

“Entre Chien et Loup, de Christiane Jatahy, usa o filme no palco de uma maneira completamente diferente, examinando a perversão da caridade coletiva. Baseado em Lars von Trier’s Dogville, ele combina filmagens ao vivo com mudanças sutis em seqüências gravadas com personagens adicionais. Nós estamos muito mais próximos da escuridão, do que em Dogville através da nossa implicação em tempo real. Jatahy altera o final de Von Trier e nos força a enfrentar as premonições desta peça: que o fascismo (em seu Brasil natal, evocado diretamente) é produzido na aparente jovialidade de grupos desenfreados da WhatsApp e fertilizado pelo gotejamento de notícias falsas. A performance central profundamente comovente de Julia Bernat acrescenta luta e indignação moral ao retrato original de Nicole Kidman. O elenco do conjunto é perfeito, criando um terrível senso de responsabilidade coletiva pelo sofrimento individual. É uma peça de alta maturidade artística”. The Guardian

“Entre chien et loup, um teatro que nos pega pelas entranhas” Vertigem RTS

“Mise en scène vituosa” Libération

“Um espetáculo muito comovente e desafiador” La Libre

“Entre Chien et Loup nos sacode”

“Um espetáculo que examina os mecanismos da violência social combinando a energia da dança, do vídeo e da performance ao vivo com o teatro” — Les Inrockuptible