ePrivacy and GPDR Cookie Consent management by TermsFeed Privacy Policy and Consent Generator E se elas fossem para moscou? - Christiane Jatahy

E se elas fossem para moscou?

2014

“E se elas fossem para Moscou?” é a continuidade da pesquisa sobre a relação entre o teatro e o cinema em cena e da transposição dos clássicos para a realidade contemporânea. A base da dramaturgia é o texto de Anton Tchekhov “As três irmãs” e a utopia que elas criam sobre esse “outro lugar” chamado Moscou. A adaptação traz o protagonismo da peça a se concentrar nos personagens das três irmãs.

É o jogo de espelho entre o teatro e o cinema. Acontecendo simultaneamente em dois espaços distintos, as imagens cinematográficas são captadas no teatro por três câmeras que estão integradas à cena. A montagem do filme é feita ao vivo e enviada para um outro espaço, uma sala de cinema, no mesmo instante em que o áudio está sendo mixado. Teatro e cinema estão acontecendo no tempo presente, mas vistos em espaços e pontos de vista diferentes.

O desafio é construir duas obras que existem plenamente nos seus territórios, mas que se complementam quando vistas pelo mesmo espectador como uma obra única. A presença das câmeras precisa ser absorvida pela dramaturgia da cena, já que as projeções acontecem em outro ambiente.

Cada câmera esta relacionada com uma das irmãs. Irina, a mais jovem, tem uma câmera que ela mesma usa, e que é mais documental. Olga, a mais estática, tem uma câmera que só é movida no tripé e tem a função de revelar a casa – a arquitetura do espaço e os enquadramentos mais abertos —, e Macha se relaciona amorosamente com a sua câmera. No teatro, a relação de Macha se da com o cameraman, que a olha através do visor, para que no cinema seu olhar possa ser dirigido diretamente à câmera/amante. Desse modo, o olhar dessa personagem, e seu desejo, é por aquilo que esta fora – para o público, para o cinema. O público do teatro também tem duas camadas de atuação — real e ficcional —, como as atrizes. Os espectadores são eles mesmos e também são os convidados da festa – e algumas vezes figurantes do filme. Os técnicos também estão integrados à ação, e movem o set/ cenário, os tripés e cabos no teatro, sendo personagens do filme e da festa de Irina. Tudo no teatro esta aparente e a serviço da cena para realizar o filme, que não tem nenhuma imagem pré-filmada.

Estreou no Espaço Sesc Copacabana (Rio de Janeiro, março de 2014) e no Sesc Belenzinho (São Paulo, em julho de 2014). Ganhou os prêmios Shell de Melhor Direção 2015, Shell de Melhor Atriz 2015 (Stella Rabello), APTR de Melhor Direção 2015, Questão de crítica – Melhor Direção 2015, Questão de crítica – Melhor Espetáculo 2015.

Festivais e viagens nacionais e internacionais: Theatro São Luiz – Alkantara Festival (Lisboa/Portugal), Le CentQuatre (Paris/França), Holland Festival (Amsterdã/Holanda),
Théâtre National Wallonie-Bruxell (Bruxelas/Bélgica), Zurcher Theaterspektakel (Zurique/ Suíça), Festival Carrefour International de Théâtre (Quebec/Canadá), Noordezoon Performing Arts Festival (Groningen/Holanda), Festival Temporada Alta (Girona/Espanha), Théâtre La Colline (Paris/França), MIT (SP /Brasil), HAU Hebb el am Ufer (Berlim/Alemanha), Festival Mladi Levi ( Ljubljana/Eslovênia), Croatian National Theatre – Festival of the world (Zagreb/Croácia), Teatro Piccolo Arsenale – Bienal de Veneza (Veneza/Itália), Kampnagel (Hamburgo/Alemanha), Festival Cena Contemporânea (Brasília/Brasil), Festival de Teatro de Curitiba (PR / Brasil), Teatro Vila Velha – Fiac de Salvador (BA/Brasil), Festival Palco Giratório Sesc (RS /Brasil), Théâtre Populaire Romand (La Chaux-de-Fonds/Suíça), Les Quinconces L’Espal (Le Mans/França), Festival Lille 3000 (Lill e/França), Scène Nationale Evreux-Louviers (Louviers/ França), Teatre Jarazca – Nowa Klasyka Europy Festival (Lodz/ Polônia), La Comédie (Saint-Étienne/França), Le Parvis Scène Nationale Tarbes-Pyrénées (Tarbes/França), Teatro Palamostre (Udine/Itália).

“E SE ELAS FOSSEM PARA MOSCOU?” , de Christiane Jatahy
Baseado no texto “As Três Irmãs” de Anton Tchekhov

Concepção, Dramaturgia, Edição ao Vivo e Direção CHRISTIANE JATAHY
Com ISABEL TEIXEIRA, JULIA BERNART e STELLA RABELLO

Direção de Fotografia e Câmera ao Vivo PAULO CAMACHO
Cenário MARCELO LIPIANI
Figurino ANTONIO MEDEIROS e TATIANA RODRIGUES
Direção Musical DOMENICO LANCELOTTI
Músico em Cena FELIPE NORKUS
Interlocução Artística FERNANDA BOND
Colaboração no Roteiro ISABEL TEIXEIRA, JULIA BERNART, STELLA RABELLO E PAULO CAMACHO
Sistema de Vídeo JULIO PARENTE
Operador de Vídeo FELIPE NORKUS e BRUNO DROLSHAGEN
Operador de Luz LEANDRO BARRETO
Diretor de Palco THIAGO KATONA
Operador de Som DIOGO MAGALHÃES e BENHUR MACHADO
Direção de Produção Rio de Janeiro TATIANA GARCIAS
Coordenação de Produção e Tour Manager HENRIQUE MARIANO

Coprodução: Le CentQuatre (Paris, França), Zurcher Theaterspektakel (Zurique, Suiça) e SESC.

“E se elas fosse pra Moscou?” foi patrocinado pelo FATE – Fundo de Apoio ao Teatro da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro e pela Petrobras

Esse espetáculo está em turnê com CENTQUATRE on the road

Video

Galeria

Imprensa

How we live in the meantime

"Brazilian director Christiane Jatahy's "Moscow" aptly spins Chekhov's "Sisters"."

Anton Tchekov, une double vie brésilienne à Genève

Christiane Jatahy, haut les “Sœurs”

"Metteure en scène en vue, la Brésilienne présente «What If .. », à Paris. Rencontre avec une femme taraudée par la notion de frontières."

Prêmios e Críticas

Prêmios 2015

Prêmio Shell | Direção – Christiane Jatahy
Prêmio Shell | Atriz – Stella Rabello

Prêmio APTR | Direção Christiane Jatahy

Indicações a Prêmios 2014

Prêmio Shell | Direção, Inovação, Atrizes (Julia Bernat e Stella Rabello), Cenário

Cesgranrio | Espetáculo, Direção, Cenário, Atriz (Isabel Teixeira)

Questão de Critica | Direção, Espetáculo, Atriz (Isabel Teixeira)


Acessar dossiê sobre o trabalho de Christiane Jatahy, na Revista Sala Preta.


Uma das diretoras mais inventivas da cena teatral carioca, Christiane Jatahy tem se dedicado com afinco a conceber obras que borram as fronteiras entre diferentes linguagens artísticas
— Rafael Teixeira, Veja Rio

A complexidade técnica de articular câmeras e cenografia, iluminação e som está visível com a mesma nitidez com que os demais mecanismos se deixam ver, e funcionam com orquestrada precisão. O trio de atrizes – Stella Rabello, Julia Bernat e Isabel Teixeira–  imprime um ímpeto físico que explode em força interpretativa.
— Macksen Luiz, O Globo

E se elas fossem para Moscou? sinaliza um inegável avanço de Christiane Jatahy em sua pesquisa e uma notável habilidade para extrair dos atores trabalhos plenamente integrados.
— Daniel Schenker

A performance das atrizes é excepcional cada uma no seu tom, mas formando uma unidade familiar cheia de verdade apesar de suas arestas. Os aplausos finais, com as duas plateias confrontadas nesse entre-espaço mágico, são um cumprimento à inteligência de Christiane Jatahy e um elogio da vida tornada arte
— Carlos Alberto Mattos

E se elas fossem para Moscou? é um montagem fascinante. A analise psicológica das três irmãs é profunda projetada de forma impecável por três formidáveis atrizes. Na adaptação de Jatahy Tcheckov está encapsulado nas atrizes para gerar uma experiência única no teatro e no cinema. Uma extraordinária experiência”
— Juan Carlos Olivares, El Pais, Barcelona

Essa obra vai muito alem de ser uma boa idéia conceitual entre teatro e cinema. Nos desmonstra a beleza absoluta da mutação de um rosto, essa magia instantânea em que uma atriz passa a ser um personagem”
— Jordi Ballo, La vanguardia

“La encore, Christiane Jatahy, n’est pas le seule a vouloir briser la frontiere entre la salle et la scene. Mais elle le fait avec un talent qui trouble, comme una collisión.”
— Brigitte Salino, Le Monde

Dans le fond, et c’est sans doute le but, Christiane Jatahy met chaque spectateur dans une position semblable à celle des trois sœurs : comme chacune d’elle, il rêve d’autre chose, de ce qu’il n’a pas, accessoirement d’un monde meilleur. Il veut aller de l’autre côté, passer le miroir. Il nage entre deux eaux comme chacune des trois sœurs qui, tour à tout au fil de la soirée, se glisse dans un aquarium tenant lieu de baignoire (ou inversement) et flotte entre deux mondes.
— J.P. Thibaudat, Rue 89

“La première (du spectacle) a dévoilé une idée précise de la qualité du travail, notamment la prestation très physique des trois soeurs sud-américaines, Isabel Teixeira, Julia Bernât et Stella Rabello”
— G.R., Liberation, 20/09/2014  (France)

Ce n’est pas la premiere fois que cette talentueuse trentenaire puise dans le répertoire du tournant du XIXe  pour exprimer un certain malaise: L’esprit de Tchékhov est là, même si le texte n’est pas respecté a la lettre.”
— Emmanuelle Bouchez, Telerama, 20/09/2014 (France)

“Sans s’embarrasser d’un vieux samovar ni avoir les moyens de s’offrir les services d’une garnison de militaires désoeuvrés, il faut l’optimisme déraisonnable d’une Brésilienne née à Rio de Janeiro  pour faire le pari de rendre compte de la plus touchante des manières des Trois Soeurs d’Anton Tchékhov à travers l’organisation d’une simple fête dans un appartement avec piscine.”
— Sourd Patrick, Les Inrockuptibles, 17/09/2014 (France)

What if they went to Moscow? can only be fully appreciated by seeing the stage version one night and the film version the next. The voids of one version become the volumes of the other. To the discomfort of the cinema audience, the moment when Irina reveals her self-inflicted scars coincides with laughter from the theatre audience, who are reacting to the comedy taking place in the foreground. Even so, as a cinema audience, we are noticeably more placid, as if the camera is spoon-feeding us.”
— Julius Purcell, Financial Times, 14/11/2014 (Spain)

“Una obra que en realidad son dos: en una sala tiene lugar la representación, en la que tres hermanas interactúan con otros actores que, a su vez, son técnicos de vídeo que las graban de cerca y cuyas imágenes la directora edita en directo y se proyectan para el público que hay en una sala adyacente, que ve una obra completamente distinta a través del montaje. Y se lleva unas cuantas sorpresas.”
— Justo Barranco, La Vanguardia, 04/10/2014 (Spain)

“Con What If They Went to Moscow? Jatahy ha dado un paso más en su investigación sobre un lenguaje dramatúrgico donde coexisten y se funden teatro y cine; realidad y ficción; actor y personaje.”
— Imma Fernández, El Periodico de Caralunya, 04/10/2014 (Spain)

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